sexta-feira, 24 de agosto de 2007

ASSA-SSINA DA POESIA

Eu traio a gramática,
sem pudor,
sem ódio e sem saber.

Eu traio a gramática como quem não enxerga,
como quem não se importa,
como quem não sabe se comportar.

Eu traio sem ódio?
É mentira!
Fujo do tédio,
da época,
da seda,
da merda de ser gramatical.

Eu maltrato a gramática.

Fujo dela, piso, sou descauteloso e maldoso com ela.
Eu bato, eu faço e fato - é não gostar, mas eu gosto e não tenho respeito.

Sou infiel com a gramática.
Cafetão da palavra.
O "outro" da estética.

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