sábado, 31 de março de 2007

TODO HOMEM É UM POUCO PUTA

Quem não é puta atire a primeira pedra! Todo homem é um pouco puta. Inquestionavelmente, todos, têm vestígios de puta, traços de puta, jeito de puta e principalmente atitude de puta. Ah, já sei, seu pai não é nenhuma puta? Nem o meu! Puta mesmo é o pensamento dele, o seu, o do meu e o meu. Qual homem não se oferece de bandeja para uma mulher e até mesmo por causa de uma vaga de emprego, ou coisa parecida? A diferença é que o homem é uma “puta grátis”. Na rua, na escola, no trabalho, na igreja, no elevador, seja aonde for, todo homem age muitas vezes como puta. Aquele olhar malicioso, aquele assobio descarado na esquina, os comentários em “rodinhas” de amigos, também são sinais de puta. Haja putaria! Mas o que eu acho interessante é o machismo, coisa que o homem, sendo assim, age contra ele mesmo. Mas o mais interessante é que, o homem só se mostra machista após a conquista; antes? Nem pensar! Logo agora que as mulheres estão cada dia mais gostando de si...? Acho isso ótimo! Embora eu também seja um pouco machista. Quem não é? O engraçado é que, somos machistas, porém somos putas! Às vezes até mais puta do que uma puta mesmo. A puta em si, filosoficamente é uma solitária, em meio um mundo de desejos, muitas vezes sujo e cafajeste. Muitas encontram um certo glamour e até satisfação no seu árduo ofício, mas o homem não! O homem é uma puta daquelas que faz por pura sacanagem e na maioria das vezes sem nenhuma preocupação com o sentimento e em sua maioria só está preocupado com ele mesmo. Eu tenho um profundo respeito pela verdadeira puta, porém, apesar de possuir traços machistas assim como todo homem, ou qualquer ser humano, e até traços de puta, acho que o homem deveria ser menos puta e mais sentimento, mesmo que seja sentimento de puta, mas, puta que pariu! – que seja menos puta!
Tenório Cavalcanti®, Copyright 2007. Todos os direitos reservados.

sexta-feira, 30 de março de 2007

MEDO DAS LUZES

O candelabro e a sombra, sem vestes na ponta da mesa, sem luz clareando o escuro, sem vela esquentando este minuto. Sou eu assim quando olho para mim, quando sumo com medo do escuro do interior da minha alma, das verdades, das visões, dos sentimentos... Um candelabro sem vela, ou vela à mesa crua sem luz, ou luz, segundo e inconstante, como eu vivendo o que sou, e clareando o que posso ser, escurecendo o que devo, desdizendo e contrariando os princípios, derrubando os candelabros de velas acesas e mesas cobertas, botando fogo na minha perspectiva de morte e na vida de quem quer ser vela acesa... O que sou?: ora vela, ora candelabro, ora cru e inconstante, ora vela apagada, acesa... ora mesa, ora nada... Fim do começo! Sigo a estrada. Vela, mesa, candelabro, nada! Apenas medo de fogo na minha casa.
Tenório Cavalcanti®, Copyright 2007. Todos os direitos reservados.

O ABORTO DO FETO ESPERANÇA

Nasce! E morre a cada minuto uma esperança de anos atrás. Uma busca à coragem fugitiva é feita periodicamente nos intervalos de banho de sol, onde a chuva cai com a força da última tempestade. Nasce! E morre a cada minuto uma esperança baldia, mundana, covarde! Um achar de coragem se resume a um simples ato de covardia, sem armas... Sem esperança. Nasce! E é destruída a cada minuto uma esperança de se ter amanhã uma esperança de se ter uma esperança - ousar até uma lembrança de viver uma esperança na calma da ausência da covardia... Cansei em falar disso...

Tenório Cavalcanti®, Copyright 2007. Todos os direitos reservados.

PARADOXO DA SOMA DOS VALORES DO SENTIR

O agora é o que vejo: o exílio do nunca existir, o dobro do jamais será somado à contradição do verbo sentir, porque não sinto... Menos o tempo que minto e digo saber, igual ao nada do dizer vi sem ver o que vejo, sentindo o que não senti... O agora é a verdade. O nada, um segredo. Não sei de nada! Não vejo então o que vejo.
Tenório Cavalcanti®, Copyright 2007. Todos os direitos reservados.

quinta-feira, 29 de março de 2007

JABOR, SEJA BEM VINDO À MINHA HUMILDE SALA DE VISITAS.

Arnaldo é meu amigo íntimo. (Amigo sim! Foi assim que ele se dirigiu à mim em sua última profecia no JN.) Arnaldo é profeta, Arnaldo é presidente, papa, técnico de futebol, pastor, o diabo! Arnaldo só não é Povo. E precisa ser? Nem sei, só sei que Arnaldo lambe, lambe pelas beiradas, igual gato comendo papa quente, argumenta...! (bem partidário, por sinal)... E só esbarra no óbvio e esse óbvio só levanta o que já está “viagrado”. Eu já convivi com professores universitários bem parecidos. A arrogância alumiava na testa deles, mas pelo menos eu tinha a chance de cutucá-los lá, na presença deles, por isso mesmo chamei o espectro do Profeta Jabor para dar bofetadas dialógicas nele, aqui tomando um Kissuke, caladinho[!] na minha Sala de Visitas. Ou você acha que vou oferecer-lhe do meu Chivas? Vai que ele comenta no JN que meu uísque era falso...
- Sente-se, o chão está limpo, querido profeta. O Kissuke é de uva, o gelo acabou, mas como a sua mesa vai ser o chão, o suco vai ficar bem friozinho assim como o seu bumbum. Arnaldo, sempre quis te perguntar algumas coisas, mas no JN só você fala! Então, diga-me se não foi gentileza trazer-lhe aqui amarrado, apenas para ouvir? Ah, um dia você disse ao vivo que é preciso ser ouvinte, ter paciência e escutar o que as pessoas têm a dizer. Não quero falar de Amor, Sexo ou Poesia, mas nosso papo vai ser bem poético, cheio de amor, mas, por favor, nada de perversões sentimentais/sexuais, tipo aquelas do seu livro que confundi com o CD da Rita Lee.
O recado é curto. Diga-me uma coisa, cara... Como você consegue ser tão inteligente, dinâmico, crítico, sarcástico (gosto disso) e só amarrar o bode no toco do seu quintal? Que coisa feia Arnaldinho... Dá próxima vez que abrir sua boca escovada com Oral-B para criticar, argumentar e opinar sobre a situação no País ou qualquer outro tema social lembre-se que nem todos que estão te vendo - são Público do Jornal Parcial, digo, Jornal Nacional. Gente que não se conforma com política-por-tabela também assiste, e você, por mais que se mostre inconformado e cheio de boas intenções, tudo se resume a uma frase: Arnaldo é um político em eterno discurso pré-eleição! Mas ninguém vai votar em você, porque você não quer ser eleito, porque assim, você seria apenas mais um lá e saberia que outro Arnaldo puxaria o seu saco, mesmo que camufladamente. [‘Pornopolítica’]. Isso é ruim, para quem é tudo: presidente, papa, técnico de futebol, pastor, o diabo!
Tenório Cavalcanti®, Copyright 2007. Todos os direitos reservados.

CASA DOS POETAS

Noite fria e feia... Vinicius de Moraes olha a lua feia, enquanto Basílio da Gama canta A Morte de Lindóia em dó com um pandeiro de couro de búfalo que ganhara de Gonçalves Dias no dia do seu aniversário de dois anos de poeta. Álvares de Azevedo, sozinho, conta cartas de baralho na mesa verde, enquanto Gil Vicente escreve cartas pra Todo Mundo e Ninguém .
Drummond quieto em sua mesa branca, resolve ir até a varanda de ceroulas, Não fumar um cigarro, mas, no meio do caminho tinha uma pedra, ele tropeçou e caiu sorrindo, nisto, Gregório de Matos, que fumava um mato estranho, deu pausa para rir também, sozinho na cozinha. Oswald Andrade no banheiro, nem sei fazendo o quê, também cantava bem alto, atrapalhando o pensamento de Fernando Pessoa e Alberto Caeiro que compunham um samba, “partido alto”. E o dia amanhece, mais um dia acabou, outros virão e acabarão e nada de poesia. Não surgiu, não surge, não há! Só Tenório Cavalcanti, o vizinho, conseguiu fazer um poema.
Tenório Cavalcanti®, Copyright 2007. Todos os direitos reservados.

quarta-feira, 28 de março de 2007

RESPOSTA À Shakespeare ATRAVÉS DE PENSAMENTOS.

Quero poesia na minha vida. E aventura. E amor. Acima de tudo amor. Não a atitude simulada do amor, mas o amor que avassala a vida. Incontido, desgovernado, como um motim no coração...que nada possa deter. Nem a tragédia, nem o êxtase. Amor nunca visto em uma peça. (Shakespeare)

Ah, Shakespeare... Sei lá cara...

Minha intenção é dividir a poesia da minha felicidade com o tanto de poesia do olhar sóbrio-embriagado-de-amor dela... E juntos, fazermos um grande e belo poema, de luar, de brisa, de cheiro, de paixão, de aventura! Aventura daquelas que prende a respiração (estilo o poema de Caeiro.) Assim... Aventura só de cair na real e ver que estamos juntos no lugar mais simples do mundo... Simples depois que acorda, porque passa o clima, mas o encanto não se quebra. Ah! também queria dar amor para ela, tipo presente besta do dia-a-dia, dose de amorzinho, sabe? (estilo o poema do mineiro). Mas não atitude simulada de amor, amor de momentinho, amor de cheirinho, amor-de-amorzinho... Não! É Amor, acima de quase tudo, amor. Aquele amor, assim... (estilo o poema daquela Apresentadora de TV). Eu falei QUASE porque tem que haver fé, querença-bem-de-tá-pertinho... Ah... Então é TUDO mesmo, porque tudo juntim é amor, mesmo! Amor, mas amor assim... Tipo o poema que vou escrever junto com Ela, porque desses amores, nunca vi, Ela nunca viu, nunca se viu em Poema algum.
Tenório Cavalcanti®, Copyright 2007. Todos os direitos reservados.

A HORA

Parei. Olhei o penhasco e pulei. Foi assim a salvação primeira do meu espírito de vontade última de viver. Sem temer – temendo apenas o já anunciado, fui ao inesperado e entendi o resto do começo. Não! Não foi sempre assim. Já hesitei e não pulei penhascos. Talvez o medo do inesperado, o sufoco do novo e o medo do erro – que não está lá embaixo, não está lá encima. Está na ânsia de voar, de não cair lá embaixo e lá embaixo está a verdade. Subindo ou não. Está a verdade. Prontifico-me a confiar no pára-quedas da minha alma, mas o vento é forte e me leva para o inesperado. É aqui que eu quero estar.
Tenório Cavalcanti®, Copyright 2007. Todos os direitos reservados.

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