Parei. Olhei o penhasco e pulei. Foi assim a salvação primeira do meu espírito de vontade última de viver. Sem temer – temendo apenas o já anunciado, fui ao inesperado e entendi o resto do começo. Não! Não foi sempre assim. Já hesitei e não pulei penhascos. Talvez o medo do inesperado, o sufoco do novo e o medo do erro – que não está lá embaixo, não está lá encima. Está na ânsia de voar, de não cair lá embaixo e lá embaixo está a verdade. Subindo ou não. Está a verdade. Prontifico-me a confiar no pára-quedas da minha alma, mas o vento é forte e me leva para o inesperado. É aqui que eu quero estar.
Tenório Cavalcanti®, Copyright 2007. Todos os direitos reservados.
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