Noite fria e feia... Vinicius de Moraes olha a lua feia, enquanto Basílio da Gama canta A Morte de Lindóia em dó com um pandeiro de couro de búfalo que ganhara de Gonçalves Dias no dia do seu aniversário de dois anos de poeta. Álvares de Azevedo, sozinho, conta cartas de baralho na mesa verde, enquanto Gil Vicente escreve cartas pra Todo Mundo e Ninguém .
Drummond quieto em sua mesa branca, resolve ir até a varanda de ceroulas, Não fumar um cigarro, mas, no meio do caminho tinha uma pedra, ele tropeçou e caiu sorrindo, nisto, Gregório de Matos, que fumava um mato estranho, deu pausa para rir também, sozinho na cozinha. Oswald Andrade no banheiro, nem sei fazendo o quê, também cantava bem alto, atrapalhando o pensamento de Fernando Pessoa e Alberto Caeiro que compunham um samba, “partido alto”. E o dia amanhece, mais um dia acabou, outros virão e acabarão e nada de poesia. Não surgiu, não surge, não há! Só Tenório Cavalcanti, o vizinho, conseguiu fazer um poema.
Drummond quieto em sua mesa branca, resolve ir até a varanda de ceroulas, Não fumar um cigarro, mas, no meio do caminho tinha uma pedra, ele tropeçou e caiu sorrindo, nisto, Gregório de Matos, que fumava um mato estranho, deu pausa para rir também, sozinho na cozinha. Oswald Andrade no banheiro, nem sei fazendo o quê, também cantava bem alto, atrapalhando o pensamento de Fernando Pessoa e Alberto Caeiro que compunham um samba, “partido alto”. E o dia amanhece, mais um dia acabou, outros virão e acabarão e nada de poesia. Não surgiu, não surge, não há! Só Tenório Cavalcanti, o vizinho, conseguiu fazer um poema.
Tenório Cavalcanti®, Copyright 2007. Todos os direitos reservados.
Um comentário:
Muito bom!!!
Sua capacidade de improviso, unir idéias, conceitos e artes, é fantástica!
Um talento que poucos possuem. ;)
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