Hoje é dia de soprar a corneta e avisar que chegou.
Hoje é dia da Hebe, do Silvio, de todos os santos, de todos os Josés.
Hoje é dia de matar o medo do escuro, do futuro, da verdade.
Hoje é o dia da liberdade, de correr no campo, de brincar no parque.
Hoje é dia do orgulho gay, do orgulho negro, das lésbicas e simpatizantes.
Hoje é dia de rir de alguém, de fazer alguém sorrir, hoje é dia de rir do espelho.
Hoje é dia de sair de nariz de palhaço, dirigindo no trânsito, ou pará-lo a pé.
Hoje é dia de Maria, de pisar na agonia, de furar o balão.
Hoje é dia de experimentar cachaça pura só pra fazer careta.
Hoje é dia de vestir a fantasia, tirar todas as máscaras e se pintar de você.
Hoje é dia da árvore, do pé de alface, do pé de chinelo, do burguês triste.
Hoje é dia de mergulhar, de beber muita água, de beber muita cerveja, de não beber nada, de ficar em casa, de desencanar.
Hoje é dia de cozinhar qualquer coisa, de pedir pizza, de não comer nada.
Hoje é dia de experimentar amar todo mundo e não apenas um só.
Hoje é dia de desatar o nó, de desamarrar o cadarço e pisar no chão, flutuar na calma, sentir a alma e o coração.
Hoje é dia de sorrir ou chorar com qualquer coisa.
Hoje é dia do nunca, do impossível.
Hoje é dia de botar o dedo no nariz, riscar a parede com giz.
É ou não é, um dia legal, brincar de ser criança, brincar de ter esperança, de não ter medo de nada?
Hoje é dia de seguir essa estrada.
Hoje é dia de ser feliz!
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