É como se fosse sangue correndo nas veias, submetendo-se às pulsações da conveniência, da obrigação e da rebeldia da vida.
Nessas veias correm a sorte, o medo, segredos de cabine, segredos de banco de trás, segredos de pé e de encoxamento involuntário. Nessas veias corre o ódio de quem vê e não pode reagir à falta de pudor, de vergonha e de bom senso. Nessas veias vermelhas, amarelas, verdes e cinzas, ocorrem gritos de desespero, fogo, suor, vontades, vaidades.
Todo mundo quer entrar, todo mundo quer sair. Todo mundo quer ir de uma vez, todo mundo quer ficar. Mas ninguém quer continuar sendo vítima, agente, motorista, trocador ou fiscal. Nessa linha, todo mundo anda mal, vai mal, passa mal. É um constante estado de alerta coletivo, calamidade pública! E essa percepção não é só minha, é de todo mundo que navega nesse fluxo arterial, prestes a ter um infarto coletivo fulminante.
Meu caso é estado de calamidade individual. É uma intensidade anormal. É uma respiração transtornada que se confunde com o barulho triturador do motor do coletivo. Incrível como estou sempre ativo, escrevendo na mente, crônicas de quinta, de sexta, de segunda e até do domingo que consigo me livrar do trecho das confusões, dos caminhos individuais que viajam no coletivo da desordem.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
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Um comentário:
heihei teo! oi, meu nome é débora e eu não tenho vida, eu tenho vestibular. Inter 2... Curitiba Cidade Modelo é uma farsa, definitivamente.
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