sábado, 28 de julho de 2007

TEMPO

O agora é o que vejo: o exílio do nunca existir, o dobro do jamais será, somado à contradição do verbo sentir (porque não sinto...), menos o tempo que minto e digo saber, igual ao nada do dizer vi, sem ver o que vejo, sentindo o que não senti... O agora é a verdade. O nada, um segredo. Não sei de nada! Não vejo então o que vejo. Não sinto então o que sinto. Não falo. Então calo. Sinto o que vejo. Toco o que sinto. Vivo o tempo. E nele não minto.

Um comentário:

Natacha disse...

Então divida essa falta de existência com a minha insistência em tentar entendê-la. Ou entrevê-la. Ou quem sabe, entreter-me nela, debruçada na janela do existir, co-habitando o hábito inalterável que é permanecer respirando – três segundos para dentro e três segundos para fora- agora, depois agora, e agora de novo, agora e agora e agora numa seqüência de apavorar meio mundo ou mundo todo. Eu sou contra tudo, só não sou contra respirar.

Nachata- www.espiralada.blog.com

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