terça-feira, 6 de janeiro de 2009

SER TÃO PERNAMBUCANO

O carro de boi,
A zabumba,
O bacamarte,
A arte,
Os rios,
Os riachos,
Os cachos de uva,
O caju,
A castanha,
A manha do vaqueiro,
O cão perdigueiro,
A fogueira no terreiro,
A espingarda,
A velha guarda dos muleiros,
O cheiro do café,
O chulé da botina,
A menina moça,
O vestido de chita,
O berrante que grita,
A poesia,
A agonia da viúva,
A falta de chuva,
Outro cacho de uva
Daquelas que vem do Vale,
A cachaça que tanto vale
Como bebida de luxo,
A peixeira no bucho,
A beleza pura das paisagens,
Os bezerros no pasto,
O lampião acesso,
O medo de Lampião,
A batida do coração
Com medo da coruja,
O gibão pendurado,
O cavalo selado,
O trocado do pão,
A prata na mão
Do moleque buchudo,
O padeiro barbudo
Da mercearia,
A pirangagem
Pra comprar o pão e a rapadura
Com um conto de reis
E três confeito de usura.
As festas de reis,
As comidas boas danadas,
A maçã do amor pra namorada,
A vaquejada,
A estrada velha,
E o mandacaru,
O vôo do urubu,
O canto do cururu,
O velho e o moço,
O almoço na feira,
O mel de abelha,
O sarapatel,
O chapéu de palha,
A barba na navalha,
O chapéu de couro,
O dente de ouro,
O anel de chiclete
No dedo do menino,
O anel de noivado
Do noivo obrigado pelo coronel.
A fé da beata
Na santa obreira,
As brincadeiras de criança,
A velha lembrança
Das sombras roceiras,
E as rezadeiras
Que tanto nos salvam
Das pragas feiticeiras.

É por isso que a gente,
Gente daqui,
Não tem engano.
Temos é muito orgulho
De Ser Tão Pernambucano!

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